Sábado depois de cortar uns dez cabelos, tatuar um indiano e fazer o jantar eu resolvi ir ao show de uma banda de Hip Hop dos Estados Unidos chamada Backlicious, na verdade é mais parecido com RAP, mas como aqui ninguém sabe a diferença entre um e outro tanto faz, desta vez eu estava sem carro e tive que ir de ônibus. Mas ao contrario do que acontece no Brasil os ônibus por aqui respeitam os horários, quase que perfeitamente, eu digo quase, pois o erro é de dois minutos ou menos, e os horários são meio malucos tipo 10:21, ou 9:14, confesso que nos primeiros dias quando eu ia pegar o ônibus e consultava a tabela de horários duvidava que realmente isso fosse possível, mas acredite, é.
Enfim, lá estava eu esperando o ônibus, havia meia hora, e nada, resolvi consultar a tabela de horários, eram 11:00 da noite e de acordo com a tabela o ônibus passaria as 11:10, eu ali sozinho, volta e meia passava uns bêbados, perguntavam umas coisas que eu mal entendia já que são eles falam rápido, tentem imaginar isso enrolado, 11:08 e nada de ônibus, e eu ali duvidando que o motorista chegaria na hora marcada na tabela, eis que 11:09 começa a sair gente de tudo que era beco, grupos de pessoas cambaleando e falando alto, e em uma fração de um minuto o ponto estava cheio de gente bêbada e feliz e por fim 11:10 o ônibus chegou no ponto.
Os ônibus aqui não têm cobradores, esse serviço é feito pelo próprio motorista, que também é responsável por ajudar os deficientes, mas isso é feito sem grandes dificuldades uma vez que tudo na cidade é preparado para deficientes visuais, auditivos e cadeirantes, a começar pelos ônibus que são tipo “LowRiders”, ou seja quando param nos pontos a suspensão faz com que o ônibus abaixe e fique na mesma altura da guia e como não há degraus fica simples o acesso.
Os semáforos possuem um sinal sonoro e vibratório, no caso dos deficientes auditivos e visuais basta tocar a mão no poste do cruzamento e sentir uma vibração pausada, se a vibração ficar contínua isso significa que ele pode atravessar agora não me pergunte onde eles aprendem isso que ai eu já não sei.
Por fim entramos todos no ônibus e já somávamos umas trinta pessoas, e a cada ponto, subia mais gente bêbada, e parecia que todos se conheciam, uma zona só, e eu ali rachando de rir com os Kiwis, Chineses, Indianos e tudo que era raça, em meio as batucadas e gritos o motorista parou no meio do trajeto na Motor Way e pediu pra uns Kiwis jogarem fora a bebida, pois aqui não é permitido beber em lugares públicos, tipo filme americano onde você tem que esconder a garrafa num saco de papel, é bem isso mesmo, após isso a viagem seguiu quase que normal, eu nunca tinha pego o ônibus aquela hora da noite achei massa.
Cheguei ao centro e fui direto pra Cuba Street num bar chamado San Francisco, e pela primeira vez na vida vi um show de RAP para um publico de gente loira e de olhos azuis, bem diferentes daqueles que eu costumava ver no Vale do Anhangabaú hahahaha, mas primeiro mundo é outra coisa, tudo diferente e surpreendente o dia que não for mais eu mudo de novo.
O show foi bacana, as back’in vocals cantavam muito e uma delas usava uma camisa do Obama que muito provavelmente será o primeiro presidente afro-descendente dos Estados Unidos se a KKK não fizer nenhuma atrocidade, já o segundo vocalista (sim eram dois um negro e outro branco) usava uma camisa do OBEY, um cara de NY que faz uns trabalhos em cartazes bem bacanas e muito ideológicos que a Banda Questions de São Paulo ajudou a divulgar no Brasil. Antes de ver Blacklicious eu só havia visto duas bandas de RAP Americanas, Pubic Enemy e Cypress Hill, e essa não decepciona, valeu a pena.
Enfim, lá estava eu esperando o ônibus, havia meia hora, e nada, resolvi consultar a tabela de horários, eram 11:00 da noite e de acordo com a tabela o ônibus passaria as 11:10, eu ali sozinho, volta e meia passava uns bêbados, perguntavam umas coisas que eu mal entendia já que são eles falam rápido, tentem imaginar isso enrolado, 11:08 e nada de ônibus, e eu ali duvidando que o motorista chegaria na hora marcada na tabela, eis que 11:09 começa a sair gente de tudo que era beco, grupos de pessoas cambaleando e falando alto, e em uma fração de um minuto o ponto estava cheio de gente bêbada e feliz e por fim 11:10 o ônibus chegou no ponto.
Os ônibus aqui não têm cobradores, esse serviço é feito pelo próprio motorista, que também é responsável por ajudar os deficientes, mas isso é feito sem grandes dificuldades uma vez que tudo na cidade é preparado para deficientes visuais, auditivos e cadeirantes, a começar pelos ônibus que são tipo “LowRiders”, ou seja quando param nos pontos a suspensão faz com que o ônibus abaixe e fique na mesma altura da guia e como não há degraus fica simples o acesso.
Os semáforos possuem um sinal sonoro e vibratório, no caso dos deficientes auditivos e visuais basta tocar a mão no poste do cruzamento e sentir uma vibração pausada, se a vibração ficar contínua isso significa que ele pode atravessar agora não me pergunte onde eles aprendem isso que ai eu já não sei.
Por fim entramos todos no ônibus e já somávamos umas trinta pessoas, e a cada ponto, subia mais gente bêbada, e parecia que todos se conheciam, uma zona só, e eu ali rachando de rir com os Kiwis, Chineses, Indianos e tudo que era raça, em meio as batucadas e gritos o motorista parou no meio do trajeto na Motor Way e pediu pra uns Kiwis jogarem fora a bebida, pois aqui não é permitido beber em lugares públicos, tipo filme americano onde você tem que esconder a garrafa num saco de papel, é bem isso mesmo, após isso a viagem seguiu quase que normal, eu nunca tinha pego o ônibus aquela hora da noite achei massa.
Cheguei ao centro e fui direto pra Cuba Street num bar chamado San Francisco, e pela primeira vez na vida vi um show de RAP para um publico de gente loira e de olhos azuis, bem diferentes daqueles que eu costumava ver no Vale do Anhangabaú hahahaha, mas primeiro mundo é outra coisa, tudo diferente e surpreendente o dia que não for mais eu mudo de novo.
O show foi bacana, as back’in vocals cantavam muito e uma delas usava uma camisa do Obama que muito provavelmente será o primeiro presidente afro-descendente dos Estados Unidos se a KKK não fizer nenhuma atrocidade, já o segundo vocalista (sim eram dois um negro e outro branco) usava uma camisa do OBEY, um cara de NY que faz uns trabalhos em cartazes bem bacanas e muito ideológicos que a Banda Questions de São Paulo ajudou a divulgar no Brasil. Antes de ver Blacklicious eu só havia visto duas bandas de RAP Americanas, Pubic Enemy e Cypress Hill, e essa não decepciona, valeu a pena.