segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Snow board




Há três meses atrás eu sofri um estúpido acidente na pista de skate de Wellington e isso me fez pensar que eu perderia a temporada de Snow deste ano no Mont Ruaperu, mas faltando duas semanas pra fechar a montanha eu senti uma certa firmeza no meu podre joelho esquerdo e resolvi arriscar, chamei meu novo amigo Flavio de Curitiba e resolvemos correr o risco, digo isso pois muitas vezes chove ou neva muito que quase não se consegue enxergar, porem Pedrão é meu amigo e colaborou com o tempo lógico, era minha segunda vez na neve e a primeira do Flávio que se deu bem por andar muito bem de skate, ele chegou até a correr uns campeonatos no sul e tudo mais, foram dois dias muito loucos, descolamos um backpacker barato com spapool e lareira massa demais, e lógico muito vinho, mas o que foi mais interessante é que na ultima decida da montanha pegamos a ultima cadeira do Lift chair rumo ao topo e resolvemos subir um pouco a pé, pois a intenção era explorar a outra face da montanha onde havíamos visto umas poucas pessoas por lá, o problema era que pra chegar lá seria necessário ir em linha reta mas como as pranchas de snow precisam de um grau mínimo de inclinação tivemos que subir uns metros na bota mesmo, após isso sentamos na neve e colocamos os bindings nos pés e fomos rumo a face norte do Mont Ruaperu, e assim que passamos a pedra que obstruía a nossa visão e a de todos os que deixavam o Lift chair demos de cara com um cânion gigantesco de paredes lisas e perfeitas, e o melhor só pra nós, pra vocês imaginarem, em um cânion você pode descer dos dois lados de back e de front ou seja não importa se você é goofy ou regular ahhhhhhhhhhhh eu desci aquilo como se fosse o meu ultimo drop e eu sei que pode ser, pelo menos era o ultimo desta temporada, o joelho doía pra burro mas a adrenalina ajudava a anestesiar a dor, muito bom, era como a primeira onda no canto esquerdo da Riviera de São Lourenço, mas de um jeito que só estando pra saber, tudo muito branco e muito silencioso, tinha horas que eu me distanciava do Flávio e tudo o que eu conseguia ouvir era o som da prancha cortando o gelo, e vez em quando eu cantava uma musica que nossa banda tocava, ela se chamava Iced Heart que o B2 compôs quando eu nem imaginava que um dia seria possível eu estar por aqui, cada dia que passa acredito que só não tem jeito pra morte, de resto podemos mudar tudo, é só querer.

2 comentários:

Cris Morgato disse...

Olá Charlles, blz! Soube do seu blog pela Bruna, de Pirituba... somos amigas e ela me disse que vc está aqui pela NZ... estou em Wellington, onde vc está? Bom, te adicionei no MSN, do jeito que essa NZ é pequena, capaz da gente se trombar por aqui. Abs! Cris

Unknown disse...

Estava eu perambulando pelo google procurando coisas da NZ, sabe aquele sentimentod e nostalgia de quere estar ai agora e derrepente me deparo com teu blog haha :)
nooossa amei serio foi mto bom ler as coisas daqui!
Espero qeu esteja tudo bem aii, e espero voltar assim que puder pro meu "lar" onde me encontrei totalmente !
se cuida aiii, saudades de ir ver vcs no salão hahaha!
Beijão
Carol